Kátia Gomes
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Mais uma vez o transporte coletivo de Brasília foi um problema para os passageiros. Desde o último dia 2, o metro apresentou falhas na circulação dos trens em cinco dias. Problemas de tração, sinalização e de energia foram as razões apontadas para as falhas. A assessoria do Metrô-DF informou que os incidentes desta semana não estão relacionados. Nesta sexta-feira, o problema atrasou as viagens em até 2 horas, de acordo com os passageiros.
Segundo a direção, o Centro de Controle de Operação do Metrô perdeu a sinalização das duas vias de ligação, que são Asa Sul/Ceilândia e Asa Sul/Samambaia e o sistema foi paralisado totalmente entre as 8h09 e 9h20, por medida de segurança.
Uma operação para controle manual das composições foi montada e os trens começaram a operar com velocidade reduzida. Segundo a empresa, o problema pode ter sido causado por uma falha de computação, já eles também ficaram sem internet.
A circulação de trens do Metrô do Distrito Federal apresenta problemas pelo quarto dia consecutivo o que vem causando muitos transtornos para aquele que necessitam do meio de transporte.
Os passageiros estavam revoltados com a situação. A atendente Luciane Moura, 30 anos, desde quinta-feira os trens estão lentos e ficando muito tempo parado nas estações. “Gastei 50 minutos de Taguatinga até a estação da Rodoviária”, conta. “Outro dia desse semana, o vagão teve que ser guinchado. Está pior que carro velho”, completa. Luciene esperou mais de meia hora para o trem deixar a estação. “Tenho compromisso e não vou chegar a tempo. Eu acho que a estação deveria fechar a bilheteria e até resolver o problema”, desabafa.
Após esperar quase 1 hora para a saída do vagão, o empresário André Leão, 27, desistiu e foi para casa de ônibus. “Vou tentar pegar o meu dinheiro de volta. Hoje o trem demorou quase 40 minutos da estação do Guará até a Rodoviária”, reclama.
Nova paralisação
Os funcionários do Metrô-DF podem realizar nova greve a partir desta segunda-feira (13). O Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô) defende a paralisação pelo não cumprimento do acordo firmado entre o GDF e a categoria na última paralisação, que durou 37 dias.
De acordo com o secretário de saúde do Sindicato de Metroviários do DF (Sindmetrô), Nicolau Marques, a proposta apresentada pelos empresários não satisfez a categoria, mesmo após quatro reuniões para debater o assunto.
“O Metrô tinha 15 dias para apresentar uma proposta após o fim da greve. Fizeram quatro reuniões, sendo que em três não apresentaram nada em termos de equalização. Na última reunião, em cima da hora (na segunda-feira, dia 6), fizeram uma proposta insatisfatória, que inclusive tira alguns direitos nossos ao invés de acrescentar”, alegou Nicolau.
O secretário disse ainda que uma assembleia está marcada para este domingo à noite para debater se haverá ou não uma paralisação a partir de segunda.
Os cerca de 1,2 mil metroviários de Brasília paralisaram os serviços no dia 12 de dezembro do ano passado e voltaram ao trabalho somente no dia 18 de janeiro deste ano, após negociações com a empresa e o governo, segundo o Sindmetrô.
O Metrô disponibiliza 24 trens nos horários de pico, que vai das 6h às 8h30 e das 16h30 às 20h, e 12 nos demais horários. Cerca de 150 mil pessoas utilizam o transporte diariamente. O custo para a manutenção é de R$ 90 milhões por ano.