Apreensão de drogas é maior que 2011


 

A Operação pré-carnaval de combate às drogas da Polícia

 

Civil, no período que antecede o carnaval, já apreendeu uma quantidade maior de cocaína do que o registrado durante 2011. Outras substâncias, como maconha e ecstasy, segundo informou o delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Odair José Soares, também foram retiradas do comércio. As drogas atenderiam a demanda do “mercado” nessa época do ano. 

 

Em pouco mais de um mês, somente de cocaína, foram apreendidos 200 quilos. Enquanto o balanço de 2011 finalizou em 191 quilos da mesma droga. O aumento é resultado da operação pré-carnaval, realizada na região metropolitana de Goiânia. O trabalho é feito em parceria entre Polícia Federal (PF) e Polícia Civil. A PF foca as ações no contrabando internacional. Normalmente, a droga é originária de países da América do Sul, principalmente do Paraguai. 

 

Semanas antes do carnaval, pelo menos 141 comprimidos de ecstasy e quatro porções de cocaína foram apreendidos pela PF. De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão a Drogas, Bruno Gama, no mês que antecede o carnaval, o contrabando é intensificado. Ele ainda informou que uma quantidade de aproximadamente 7 toneladas de drogas, referentes a três anos de ações do órgão, aguarda decisão da Justiça para ser incinerada.  

 

Titular da Denarc, Odair José Soares esclarece que, antes do carnaval, os traficantes estocam as drogas. “Por isso, o preço repassado aos usuários sobe. É a lei de oferta e procura. Uma pedra de crack, por exemplo, que normalmente é vendida por R$ 5, passa a custar mais de R$ 20.” O estoque é feito para que nenhum tipo de droga falte durante os dias do feriado prolongado, principalmente nas cidades do interior do Estado. “No terceiro dia começa a faltar droga, o traficante que tiver a maior quantidade estocada pode revender pelo preço que quiser.” 

 

Por isso, a operação tem como objetivo a retirada de qualquer tipo de droga de circulação durante os dias de festa. Nas principais cidades do interior, que são consideradas assim por ser rota do tráfico ou por atrair muitos turistas, o Grupo Especial de Repressão a Narcóticos da Polícia Civil (Genarc) fica responsável pelo trabalho de apreensão. No entanto, as Genarcs do interior ainda não repassaram para a Denarc a quantidade de drogas que foram retiradas do interior, nos primeiros meses do ano.