Mudanças de Dilma em segundo escalão do governo desagradam base aliada

 

 

Paulo de Tarso Lyra - Correio Braziliense

Karla Correia - dsdsdsds

Publicação: 10/02/2012 07:12 Atualização: 10/02/2012 07:48

As mudanças que a presidente Dilma Rousseff iniciou no segundo escalão do governo federal continuam a gerar atritos na base aliada. Depois do PT e do PMDB reclamarem da demissão de apadrinhados na máquina federal, agora é a vez do PTB protestar contra a decisão do Planalto, antecipada pelo Correio, de exonerar Evangevaldo Santos da presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O PTB já havia reclamado que o partido estava pagando uma conta que não era sua — a nomeação de Luiz Felipe Denucci, exonerado sob a acusação de corrupção, da presidência da Casa da Moeda.

O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), admitiu que Evangevaldo, seu indicado, vai deixar o governo. “Ele ia sair no meio do ano para trabalhar comigo na campanha. Teremos que antecipar essa adesão”, afirmou. Aos seus pares, contudo, o petebista tem sido mais duro nas palavras contra o governo federal. Ele alega que o presidente da Conab foi citado em irregularidades envolvendo o ministro anterior da Agricultura, Wagner Rossi, e o ex-diretor financeiro da autarquia Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

O PTB também insiste que não tem qualquer ligação com a nomeação de Luiz Felipe Denucci. Segundo interlocutores do partido, a responsabilidade pela nomeação deve ser atribuída ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Parlamentares da legenda suspeitam que a insistência do PTB em sustentar esse argumento, colocando o titular da Fazenda na alça de mira do Congresso, também ajudou a fragilizar Evangevaldo. “Vamos parar de discutir essa questão de cargos para não associarem o PTB ao fisiologismo”, rebateu Jovair.