Comissão inspeciona obras do Mutirama

Comissão inspeciona obras do Mutirama

Goiânia-GO

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012, 00:33
Katherine Alexandria
 
Comissão técnica formada por engenheiros civis da Agência Municipal de Obras (Amob) e da Controladoria Geral do Município (CGM) começou ontem os trabalhos de levantamento nas obras do Parque Mutirama. A construção do túnel na Avenida Araguaia e da plataforma na Marginal Botafogo foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal em ação conjunta com a Polícia Federal na sexta-feira (10), cinco foram presos. O resultado deve ser divulgado pelos engenheiros em até dez dias. 
 
A comissão tem o objetivo  de concluir se de fato foi pago o que não foi executado à empresa responsável, Warre Engenharia, e se houve mudança de projeto para superfaturamento. O trabalho será levantar os dados sobre os serviços já realizados, como informou o diretor de infraestrutura viária da Amob, Leandro Helou. De acordo com o MPF, os acusados desviaram pelo menos R$ 2,09 milhões (21,76%) dos R$9,6 milhões usados para a reforma do Parque. Helou informou que, até então, R$ 15 milhões foram gastos em serviços na obra. 
 
“Esse valor é irreal”, rebateu Helou. Segundo ele, até a paralisação da ordem de serviço, foi pago à empresa responsável, Warre Engenharia, o total de R$6,3 milhões. “Os resultados dos levantamentos serão de conhecimento de todos e irão responder aos questionamentos do MPF.”
 
A comissão é formada por engenheiros civis da Amob, Gustavo Zanaletti, presidente da comissão, Galuciane Ribeiro Antonelli, Paulo Peres Guimarães; e da Controladoria, Adhemar Antônio dos Santos e Tatiane Cristine Faria Leal. Além desses nomes, dois membros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea) acompanham os trabalhos da comissão.
 
Denúcia
“O trabalho dela (comissão) é simplesmente baseado em dados que poderão ser comprovados para responder questionamentos que virão, porque até agora não fomos informados de nenhum questionamento”, diz Helou. O diretor afirmou não saber como a procuradoria chegou ao valor de R$9,6 milhões. Pela ação do MPF, seis foram acusados pelo desvio – dois engenheiros da Warre e quatro funcionários da Amob –, cinco foram presos. Eles ficaram detidos até ontem no prédio da Polícia Federal.