Ao contrário do que ocorre no Rio, em Brasília foliões não são coibidos

 

Eles dizem que falta banheiro químico, mas, mesmo quando há um, muitos optam por sujar as ruas
 (Monique Renne/CB/D.A Press )

Diego Amorim

Grasielle Castro - Correio Braziliense

Publicação: 21/02/2012 08:56 Atualização: 21/02/2012 11:50

   

 

 

Na hora do aperto, os foliões não conseguem enxergar nem o banheiro químico. Atrás da moita ou na frente dela mesmo, encostados em grandes árvores ou em arbustos nanicos e até no meio do descampado, homens e mulheres encontram alívio durante o carnaval. Ao contrário do que tem ocorrido no Rio de Janeiro, onde mais de 700 mijões já foram parar na delegacia desde o início das festas, os brasilienses não enfrentam resistência alguma para urinar nas ruas.


Com falta de estrutura suficiente para atender à multidão, muitos abstraem a quantidade de gente por perto, esquecem os conceitos de educação e cidadania e urinam onde bem entendem. No domingo, quando o Pacotão desfilou pela primeira vez, o Correio flagrou, em um intervalo de 10 minutos, oito cenas de mijões, bem próximas umas das outras. A maioria das pessoas fotografadas, apesar de níveis diferentes, aparentava embriaguez.

Aqueles que urinam em qualquer lugar jogam a culpa, pelo menos na hora de dar entrevista, na escassez de banheiro químico. O folião Adão Santos, 28 anos, é um deles. “Poste, árvore, qualquer lugar vale”, diz. Ele, no entanto, reconhece que é falta de educação, mas argumenta que, em alguns momentos, a situação fica crítica e não há como controlar. Algumas imagens, no entanto, mostram os mijões bem ao lado das cabines disponibilizadas pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Em outras situação, não raras, mulheres, agachadas e com roupas arreadas, tentavam, em vão, se esconder atrás de colegas, enquanto urinavam antes de continuar o percurso.

A matéria completa, você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta terça-feira (21/2).

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