Ladrões explodem caixa eletrônico em Bonfinópolis
Katherine Alexandria
Um caixa eletrônico foi alvo de explosão na madrugada de ontem em Bonfinópolis, a 35 quilômetros de Goiânia. É a segunda ocorrência registrada no mesmo local, um posto de atendimento do Bradesco no prédio da prefeitura. Na primeira ocorrência, houve apenas uma tentativa de arrombamento, mas desta vez os explosivos utilizados danificaram toda a estrutura de atendimento do banco, de salas vizinhas e assustaram os moradores. De acordo com a Polícia Civil, este foi o segundo caso registrado este ano no Estado – no dia 14 de janeiro uma ocorrência foi registrada em Cezarina.
Aproximadamente quatro pessoas são apontadas como responsáveis pela ação e ainda não foram localizadas pela polícia. A explosão ocorreu por volta das 4h30. “Os moradores pensaram que era trovão, porque chovia na hora.” No local, a polícia apreendeu R$ 3,7 mil em notas de 10, 20 e 50. De acordo com o delegado do município, José Carlos Bezerra da Silva, que atendeu a ocorrência, os suspeitos fugiram em duas motos e um carro após entrar rapidamente no local. Um dos assaltantes teria se ferido na fuga. “A perícia encontrou vestígios de sangue na porta de entrada e no meio das notas”, informou.
Ação
“Provavelmente eles não levaram muita coisa”, avalia Silva, com base na informação de que o caixa não foi abastecido no dia anterior. O caso teria ocorrido, então, no “dia errado”. O valor levado ainda não foi divulgado pela gerência do banco. O delegado disse ainda que era para o caixa ter recebido dinheiro na quarta-feira (8), e no dia seguinte seria feito o pagamento dos funcionários da prefeitura. “Eles achavam que o dinheiro estava no banco, mas retornou por um problema que tiveram.” Um guarda fazia a segurança do local, foi ameaçado e não reagiu.
De acordo com os policiais que estiveram no local, não há câmeras no posto de atendimento do banco. Na tarde de ontem, foi encontrada uma alavanca no jardim da prefeitura, que pode ter sido utilizada para arrombar a porta de vidro. “Na primeira tentativa, a quantidade de explosivo não foi suficiente. Dessa vez danificou em excesso”, pontua sobre o primeiro caso, que ocorreu em setembro. Os indícios, segundo a polícia, são de que seja o mesmo grupo responsável pelas explosões. O caso será investigado pelo Grupo Antirroubo da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia.
Casos
Com quase um caso por mês em 2011, foram registradas 12 explosões de caixas eletrônicos na capital e em cidades do interior. A recorrência da ação, em todo o País, tem ligação com furtos de explosivos. No ano passado, uma quadrilha foi presa, o que, segundo a Deic, fez cair o número ocorrências nos últimos meses de 2011. O grupo desviava explosivos de cidades como Pirenópolis e Acreúna. A polícia acredita que uma nova quadrilha está atuando, já que os principais responsáveis pelos casos do ano passado estão presos.